Olho para o telemóvel, ouço a televisão a encher a sala de noticias que já me cansam. Meu Deus tanta desgraça! Será que isto nunca mais tem fim?
Volto a olhar para o telemóvel... Espero uma mensagem tua. Espero pelo próximo sorriso que me iras "arrancar" do rosto. Espero o próximo momento em que me vais deixar corada. Espero uma palavra meiga da tua parte. Espero.
Tens sido o meu porto seguro, aliás, acho que sempre foste, mesmo sem ambos sabermos disso. Porque, já viste? Não é qualquer pessoa que consegue manter uma amizade, depois de tantos anos sem se falar com outra pessoa. É quase impossível, principalmente nos dias de hoje!!
Tive sorte. Muita sorte mesmo. Ou então não. Se calhar sempre destinado a acontecer desta maneira... Não sei, mas acho piada ao facto de cada um de nós ter o seu "destino" já escrito. Gosto do fator surpresa. Gosto.
Mas gosto mais de ser eu a escolher esse destino. Poder escrever a minha história, pois, mesmo que eu já tenha o meu destino traçado, ainda sou eu que faço as minhas escolhas.
Mais um desvio de olhar para o telemóvel. O telemóvel continua sem dar sinal.. São 19:48 e eu já jantei.
Tiro o som à televisão. Já não posso ouvir falar na tragédia do Meco.
Escolho uma música, apetece-me ouvir "Ma Chérie", uma das músicas que me envias-te aqui à dias. Pode parecer criancice ou até mesmo parvoíce da minha parte, mas agora quase tudo me faz lembrar de ti. E isso faz-me sorrir...
Gosto muito de estar na tua companhia, mesmo longe. Como tu dizes e muito bem "posso estar longe mas estou bem pertinho de ti. Ainda só não consigo sentir o teu perfume, mas está quase."
Não imaginas como me faz bem falar contigo. Como é bom acordar com um telefonema teu e à noite, adormecer com uma mensagem tua. Coisas mínimas fazem-me tão feliz, e tu sabes disso melhor que ninguém. Sabes que, se eu der uma resposta curta algo se passa, que se não disser nada então aí é que algo não está mesmo bem, e que preciso mais que nunca do teu apoio, das tuas palavras, dos teus mimos, das tuas parvoeiras para me rir à gargalhada, pois tu sabes que é disso que eu preciso. Rir. Ser feliz!
Não me posso queixar em nenhum aspeto. Tens feito o teu "trabalho" muito bem feito. Tens sido mais que um amigo. Tens sido um irmão. Um confidente.
Tens um "je ne sais quois" que sempre me fascinou. Já desde os tempos da primária. Aquele rapaz loirinho, fofinho, atrevidinho que me deixou sempre com "a pulga atrás da orelha".
Hoje então, esse menino é um homem ainda mais bonito, meigo e atrevido. Aprendeste a ser responsável, frontal, mas nunca deixas-te de ser meigo. E és tão completo como pessoa!
Não, completo não é perfeito! Nem eu quero uma máquina como amigo. Quero a pessoa que tu és! Quero-te a ti. Com todos os teus defeitos e virtudes.
E não quero mais ter de me afastar de ti. Nunca mais!
Tu, só tu...